Grupo de voluntárias se unem para reforçar residências de pessoas carentes
Mais de 50 mulheres usam caixas de leites grampeadas para reforçar as casas e evitar que o frio entre pelas frestas.
Há seis anos, as dificuldades da população de baixa renda de Pelotas para enfrentar o rigoroso inverno do Sul do Rio Grande do Sul são amenizadas por mais de 50 mulheres da cidade, que se reúnem para fazer trabalhos voluntários.
“A gente une várias coisas:, é o remédio que está faltando, é a alimentação que tem, é a educação…”, enumera a voluntária Sandra Silveira Pinheiro, “Saímos daqui de alma lavada. Eu chego em casa, deito e durmo. O físico pesa, mas a gente chega tão leve em casa que a gente quer vir de novo”, conta.
Neste ano, as voluntárias recolheram caixas de leite suficientes para tapar os buracos e frestas de 19 casebres. “Essas placas nas paredes evitam frio, calor… Elas funcionam como isolante térmico, impedem a entrada de animais e propiciam uma melhor qualidade de vida”, explica a voluntária Gleidecir Ferreira.
São residências humildes, como a da dona de casa Elina Silva, na Zona Sul da cidade. Uma das maiores dificuldades dela era ter a casa cheia de frestas entre as tábuas que formam as paredes, ficando gelada no inverno. Por isso, ela agradece.
“Estou muito feliz, porque isso aqui era cheio de frestas, entrava vento por um lado e saía pelo outro. Era horrível de frio de noite”, conta Dona Elina.
As caixas são grampeadas uma à outra do lado metalizado. Depois, são grampeadas novamente nas paredes de madeira das casas. Em uma delas, foram necessárias mais de 600 caixas de leite.
Font: G1
Humorista, roteirista, social media, cinéfilo, anão de circo, bailarina do Faustão e gordo nas horas vagas. Criador e Faxineiro na Pelotas da Depressão.